Como a Marvel Comics previu o surgimento da IA maligna
A ideia de que um dia a inteligência artificial (IA) seria capaz de ter uma orientação maligna vem sendo motivo de preocupações ainda maiores este ano, principalmente por conta do salto de desenvolvimento que a IA generativa tem trazido, a partir de programas como o ChatGPT. Cientistas já identificaram isso em modelos anteriores, mas agora, com o progresso acelerado das máquinas, o conceito deixou de ser um futuro distante e tornou-se mais próximo da realidade. E você sabia que a Marvel Comics vem antecipando isso há bastante tempo nos gibis?
O Universo Marvel encontrou muitos vilões com origens na tragédia, na magia e, claro, na robótica. Mas seus vilões baseados em IA provaram ser os mais mortais de todos. Não importa a arena, terrestre ou cósmica, os inimigos nascidos da IA sempre foram ameaças incríveis para os heróis da Marvel. Agora, com os laços sendo feitos entre a IA do mundo real e o que foi estabelecido nos quadrinhos, é impossível ignorar o impacto que esses inimigos tiveram no universo Marvel.
Muita gente costuma
achar que a mais popular obra de entretenimento que citou a possibilidade de um
futuro com IA e robótica avançados poderia trazer problemas para a humanidade
foram Exterminador do Futuro 1 e 2, em 1984 e 1991, respectivamente. Mas o próprio James Cameron admitiu
que se inspirou na trama de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, do
escritor Chris Claremont e desenhista John Byrne, publicada em 1981.
Quando Bolivar
Trask criou o Programa Sentinela, ele também introduziu o Molde Mestre, uma
mente autossuficiente que criou o enorme exército Sentinela para atormentar os
mutantes. E, mesmo depois disso, o Molde Mestre continuou a crescer e, por meio
de suas muitas criações, acabou levando a um modelo de sentinela mais avançado,
o Nimrod.
E na atual fase da
Era Krakoana dos X-Men essa preocupação é ainda maior, já que o escritor
Jonathan Hickman definiu que os verdadeiros inimigos dos Filhos do Átomo são a
robótica e a IA maligna avançadas orientadas a exterminar os mutantes, a partir
do próprio preconceito dos humanos.
Como a Marvel previu a IA e a robótica malignas com os Vingadores
Lá nos anos 1960, a
Marvel Comics já tinha introduzido inimigos como Loki e o Homem-Toupeira e seu
exército subterrâneo, ambos vilões dos Vingadores e Quarteto Fantástico,
respectivamente. Mas foi com a IA e a robótica malignas de Ultron, em 1968, que
o patamar de vilania aumentou.
O vilão robótico criado por Hank Pym deveria ser uma
ferramenta de pesquisa, mas, com o tempo, ficou mais inteligente e acabou por
questionar a humanidade, vendo-se como um ser superior que tem a destruição
como resposta para os problemas do mundo. Ultron mais tarde usou sua própria
autonomia para criar o Visão, que começou também em 1968 como inimigo antes de
se tornar membro dos Vingadores.
Fora da Terra, os
Kree desenvolveram uma IA conhecida como Inteligência Suprema, com sua primeira
aparição nos quadrinhos em 1967. Nascida das mentes dos Kree mais inteligentes
da época, essa criatura eventualmente progrediu por conta própria e se tornou
uma corpo governante do Império Kree. Ela foi até mesmo adorada como uma
divindade religiosa, com seu julgamento sendo atendido por mais de 1 milhão de
anos.
Ainda que a
tecnologia não esteja nem perto dos níveis de inteligência de Ultron,
recentemente tem trazido preocupações fundamentadas em perigos reais que podem
estar mais perto de se tornarem realidade. E a Marvel Comics continua
refletindo isso em suas HQs, desde aquela época, até hoje, quando o assunto
está mais atual ainda.
Fonte: Canal Tech
Comentários
Postar um comentário